terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Treonina-L (revisitação)

Nesse estudo investigou-se o comportamento do cristal de treonina-L até pressões de 27 GPa. Foi um trabalho realizado em colaboração entre o Laboratório de Altas Pressões da UFC e o Institut de Minéralogie de Physique des Matériaux et de Cosmochimique, da Université Pierre et Marie Curie, Paris 6. O estudo revisita uma antiga investigação realizada há quase 20 anos quando o mesmo material foi investigado até cerca de 4 GPa. No presente estudo foram observadas através de espectroscopia Raman evidências de transições de fase em aproximadamente 2 GPa, entre 8,2 e 9,2 GPa e entre 14 e 15,5 GPa. Acima desse último valor de pressão o cristal apresenta-se estável até o máximo valor atingido nos experimentos. Observa-se adicionalmente modificações em modos vibracionais relacionados aos grupos CO2, NH3 e CH3, confirmando os resultados sugeridos acima. Quando se retira a pressão, observa-se que o espectro original é obtido novamente à pressão atmosférica, mostrando que as modificações são reversíveis. Assim como ocorre com a asparagina monohidratada, até a máxima pressão atingida nos experimentos não foi possível notar-se nenhum indício de que o cristal sobre amorfização. Essa pesquisa foi parte da tese de doutorado de Rocicler O. Holanda, orientada pelo Prof. José Alves Lima Jr. e defendida no Programa de Pós Graduação em Física da Universidade Federal do Ceará [R.O. Holanda, J.A. Lima Jr., P.T.C. Freire, F.E.A. Melo, J. Mendes Filho, A. Polian, Journal of Molecular Structure 1092, 160 – 165 (2015)].


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