quinta-feira, 18 de julho de 2024

EFEMÉRIDE: 10 anos - Tese sobre o MgMoO4 e o Li2MoO4

Hoje está fazendo dez anos da defesa da Tese de Doutorado de Marcelo Nunes Coelho, cujo título foi "Espectroscopia Raman no molibdato de magnésio e molibdato de lítio sob altas pressões". Através de espectroscopia Raman, foram analisados os modos vibracionais do molibdato de magnésio MgMoO₄ submetido a altas pressões até o limite de 8,5 GPa, e do molibdato de lítio Li₂MoO₄ até o limite de 7,0 GPa. Da análise dos espectros observou-se que o MgMoO₄ apresenta uma mudança significativa no padrão espectral em torno da pressão de 1,4 GPa. Para o molibdato de lítio, em um experimento, notou-se que as mudanças ocorrem entre 0,0 e 3,1 GPa e acima de 4,5 GPa. Em um segundo experimento, mudanças semelhantes às observadas entre 0,0 e 3,1 GPa do primeiro experimento, aparecem entre 1,1 e 3,8 GPa, além de algumas alterações acima de 5,0 GPa. Todas as modificações foram confirmadas pela análise das curvas ω×P. Para o MgMoO₄ , essas alterações nos espectros foram interpretadas como sendo devidas a uma transição de fase sofrida pelo material em aproximadamente 1,4 GPa. Essa transição é irreversível, tendo em vista que o espectro do material medido 16 horas após a pressão ter sido relaxada para 1 atm resultou semelhante àquele obtido acima de 1,4 GPa (pressão da transição). Fez-se uma discussão sobre a possível fase de alta pressão, onde se leva em conta algumas semelhanças entre o MgMoO4 e outros cristais de molibdatos e tungstatos. Entre algumas possibilidades sugere-se que a transição de fase seja do tipo C2/m → P2/c (C₂ₕ⁴), o que descarta a eventualidade de uma transição de fase isoestrutural. Para o Li₂MoO₄, no primeiro experimento, as primeiras alterações são interpretadas como sendo devidas a uma transição de fase. As alterações que acontecem em seguida em ambos os experimentos, foram explicadas como sendo oriundas ou (i) de uma possível amorfização (primeiro experimento) ou (ii) de uma nova transição de fase, tal como registrado no segundo experimento. O doutorando Marcelo Coelho também realiza uma discussão sobre o mecanismo da amorfização no primeiro experimento, além de tentar explicar o porquê do fenômeno não ter sido observado no segundo experimento. Para isso levou-se em conta as diferentes condições experimentais e a hidrostaticidade do fluido compressor utilizado nos experimentos.


Foto da defesa da Tese de Doutorado do Prof. Marcelo Coelho com a banca de avaliação: 
Prof. Cleânio Lima (UFPI), Prof. Josué Mendes (UFC), Prof. Marcelo Coelho (IFRN), Prof. Paulo Freire (UFC), Prof. Gilberto Saraiva (UECE) e Prof. Altair Soria (UFRGS) [18/07/2014].

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