domingo, 28 de junho de 2020

Ácido DL-glutâmico monohidratado

(Trabalho coordenado por pesquisador da Universidade Federal do Maranhão, em Imperatriz). Usando neônio como meio compressor, submeteu-se um cristal de ácido DL-glutâmico monohidratado até pressões de aproximadamente 14 GPa numa célula de pressão a extremos de diamantes. Através do uso da técnica de espectroscopia Raman foi possível observar a ocorrência de três transições de fase sofridas pelo cristal. Na primeira, que ocorre em torno de 0,9 GPa, portanto uma pressão relativamente baixa, as moléculas de ácido glutâmico mudam suas conformações enquanto que não ocorre muita mudança associada às moléculas de água. A segunda transição de fase ocorre em cerca de 4,8 GPa, quando são observadas modificações em modos vibracionais associados ao NH3, ao CO2 e também à água. Finalmente, também ocorre uma transição de fase entre 10.9 e 12.4 GPa, envolvendo modos tanto do aminoácido quanto da água. Todas as três transições de fase acontecem com grandes modificações nos modos externos, embora elas sejam reversíveis, ou seja, após diminuir a pressão novamente para o valor de pressão atmosférica o espectro Raman original do cristal é recuperado. Mudanças nos modos de estiramento do grupo H2O indicam que as ligações de hidrogênio - como ocorre com outros cristais de aminoácidos - desempenham um papel importante na estabilidade da estrutura. [F.M.S. Victor, F.S.C. Rêgo, F.M.de Paiva, A.O.dos Santos, A. Polian, P.T.C. Freire, J.A. Lima Jr, P.F. Façanha Filho, Spectrochimica Acta A 230, 118059 (2020)]. 


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