Um cristal de L-tirosina HCl sob pressão foi investigado sob o escrutínio da espectroscopia Raman no intervalo entre 1 atm e 7 GPa. Inicialmente foi realizada uma identificação dos modos vibracionais em condições ambientes através de cálculos de primeiros princípios tendo sido encontrada uma boa concordância entre os dados experimentais e os calculados. A análise dos modos vibracionais com a pressão não mostram nenhuma grande modificação que possa ser associada a uma transição de fase estrutural. Entretanto, pequenas mudanças na intensidade de algumas bandas bem como pequenas modificações nas curvas que representam a frequência dos modos vibracionais em função da pressão indicam que entre 1.0 e 1.5 GPa as moléculas de tirosina sofrem uma mudança conformacional. Em outras palavras, a estrutura monoclínica original do cristal é estável em todo o intervalo de pressão investigado. Adicionalmente, uma discussão a respeito do papel da cadeia lateral na estabilidade da estrutura também é fornecida.[C.A.A.S.S. dos Santos, J.O. Carvalho, J.G. da
Silva Filho, J.L. Rodrigues, R.J.C. Lima, G.S. Pinheiro, P.T.C. Freire, P.F.
Façanha Filho, Physica B 531, 35 – 44 (2018)].
sexta-feira, 29 de junho de 2018
quinta-feira, 28 de junho de 2018
MoO3 - forma alfa
Nanofitas de MoO3 na forma alfa foram estudadas entre a pressão ambiente e 21 GPa. Dessa investigação observou-se que a estrutura das nanofitas passa de uma simetria Pbnm para uma simetria monoclínica MoO3 - fase II com grupo espacial P21/m em torno de 5 GPa. Acima dessa pressão não foi observada nenhuma mudança estrutural adicional. É interessante que essa pressão de transição é muito mais baixa do que aquela observada nos microcristais do mesmo material, que acontece em 12 GPa. Sugere-se que a morfologia particular do material mais a presença de defeitos na estrutura cristalina desempenhe um papel importante na transição de fase do material. É interessante também destacar que após a transição de fase estrutural, também ocorre uma brusca modificação na morfologia do material: ele passa de uma morfologia similar a fitas para uma morfologia de esferas. [J.V. Silveira, L.L. Vieira, A.L. Aguiar,
P.T.C. Freire, J.M. Filho, O.L. Alves, A.G. Souza Filho, Spectrochimica Acta A 193, 47 – 53 (2018)].
quarta-feira, 27 de junho de 2018
Bis(L-histidinato) de níquel(II)
Nesse trabalho investigam-se os modos vibracionais do bis(L-histidinato) de níquel (II) sob altas pressões até valores de 9,5 GPa. O estudo mostrou que a estrutura sofre modificações durante o processo de compressão. Os espectros Raman registrados no experimento indicam que entre 0,4 e 0,8 GPa o cristal apresenta uma transição de fase; uma segunda transição de fase é verificada entre 2,6 e 3,2 GPa . Em particular, no que diz respeito a segunda transição de fase, os íons Ni parecem desempenhar um papel relevante. Na segunda transição de fase também foi notada uma descontinuidade nas frequências dos modos de vibração associados aos estiramentos O - H da água, sugerindo uma instabilidade das ligações de hidrogênio entre as moléculas da água e as do histidinato. Quando a pressão é diminuída e a amostra fica novamente à pressão ambiente, registra-se um espectro Raman similar aquele obtido inicialmente no experimento. Isso indica que as transições de fase são reversíveis; nenhum dano mecânico nas amostras foi verificado durante todo o processo de compressão e descompressão [J.R.
Maia, J.A. Lima Jr, P.T.C. Freire, F.E.A. Melo, A.S. de Menezes,
C.M.R. Remédios, L.P. Cardoso, Spectrochimica
Acta A 189, 258 – 264 (2018)].
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